quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
Um milagre de Natal
Só pra variar um pouco, nessa época de Natal a polêmica fica em torno das passas e frutas cristalizadas, com seus respectivos adeptos e detratores.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
terça-feira, 17 de novembro de 2015
terça-feira, 10 de novembro de 2015
quinta-feira, 5 de novembro de 2015
sábado, 31 de outubro de 2015
Cartas x emails
No entanto, os emails têm algumas desvantagens.
Por exemplo, a maioria das pessoas não passa o email a limpo, e não me refiro somente a correções ortográficas, que isso os editores fazem automaticamente para nós, mas às ideias. Apertar o botão de “enviar” é muito fácil e quase não dá chance de arrependimento.
Outra, recebemos emails demais. Os spans de propaganda se multiplicaram exponencialmente, uma vez que mandar um email é de graça. Há empresas “sérias” que vendem listas de emails de seus cadastros para produtores de spans. Isso sem falar nos vírus.
E a pior, quando recebemos um email irritante a tendência é respondê-lo na hora. Um grande erro! Como me ensinou um amigo, é necessário esperar pelo menos 20 minutos para responder emails desse tipo. Isso dá tempo à adrenalina para voltar aos níveis normais e assim evitar que escrevamos coisas de que nos arrependeremos ou sem retorno.
Aliás, ainda no tema de correspondências irritantes, há coisas que só são possíveis fazer com uma carta à moda antiga.

Em tempo, apertar o “deletar” não dá nem de leve a mesma sensação de amassar e jogar a carta no lixo!
Em tempo [2], exatamente pela maior facilidade de mandar um email, mandar uma carta hoje tem muito mais valor para quem a recebe, pois demonstra que ela mereceu o trabalho de quem a mandou.
terça-feira, 27 de outubro de 2015
domingo, 25 de outubro de 2015
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
Você tem cólica renal?
Ouvi essa pergunta do médico que me fazia o ultrassom do abdômem.
- Não, por que? O Sr. achou alguma coisa aí?
- … (silêncio preocupante)
Terminado o exame, fui pra casa encafifado. Pensando com mais calma depois e consultando alguns amigos hipocondríacos, cheguei à conclusão de que as pedras no meu rim poderiam ser a causa de algumas das diversas dores que eu carrego nas costas.
Hoje finalmente peguei o resultado do exame. Nada nos rins. Limpinhos. Nada nos demais órgãos também.
Por que diabos o sádico doutor me perguntou se eu tinha cólica renal?
sábado, 10 de outubro de 2015
Ficção científica
Por definição, um livro de ficção científica trata de assuntos ocorridos no futuro (!?!) Quanto mais distante o futuro, menor a probabilidade de verificar se o autor acertou ou não nas suas “previsões” sobre como será a vida de nossos descendentes quando (ou se) lá chegarmos.
Para obras cuja data em que se passa a história é mais próxima de quando foi escrita, como por exemplo 1984, de George Orwell, e 2001 - Uma odisséia no espaço, de Arthur Clarke, a comprovação é mais fácil, portanto é muito mais arriscado para a reputação do autor. Ainda que parte dos elementos estivesse presente em algumas sociedades em 1984, a Terra como um todo está muito longe do clima sombrio proposto por Orwell em 1948. E, bem, uma viagem ao espaço como Clarke escreveu, ainda vai demorar bastante. Mesmo assim, são obras notáveis.
Porém, mesmo em livros cujo enredo se passa daqui a 15.000 anos, como a trilogia Fundação, do mestre Isaac Asimov, já se pode perceber alguns “furos” notáveis, principalmente quando o autor se propõe a explicar o dia a dia dos personagens. Sempre gostei do gênero ficção, li Fundação pela primeira vez na minha adolescência, ou seja, lá pela década de 70. Aproveitando o preço camarada, resolvi baixar e reler no meu Kindle (instrumento esse que não aparece sugerido nem de leve no livro).
Dá pra imaginar que daqui a 15.000 anos ainda haverá jornais impressos, enciclopédias idem, microfilmes, cartas etc.? Asimov achava que sim. A energia atômica ainda seria o máximo e ainda se usaria óleo e carvão. A Natureza ainda seria algo a ser vencido (planetas inteiramente coberto por cidades, sem uma árvore sequer, é tratado como o “máximo” do progresso.) O câncer ainda estaria esperando por uma cura e um homem de 60 anos é tratado como ancião, com direito a reumatismo e tudo. Cálculos complexos são feitos a mão! Isso sem falar que não há uma única mulher em cargos de poder, só lhes restam papéis secundários no livro. Enfim, não é muito diferente do que se via na época em que foi escrito, entre o final da década de 40 e o início da de 50.
A conclusão a que chego é que uma história de ficção científica, para impressionar os leitores do presente, deve tratar problemas de atuais. Ou seja, é um retrato photoshopado do presente para pior ou para melhor
Nenhum autor, ao que eu saiba, jamais conseguiu prever a internet. Não me refiro aos facebooks, instagrams e tweets da vida, isso são bobagens, mas à simples possibilidade de qualquer um estar conectado a tudo em qualquer lugar do mundo e com informações na palma da mão. Apesar da estrutura da internet ter sido gestada na década de 60, nem mesmo na cabeça de seus desenvolvedores passou o menor vislumbre aonde chegaria. Imagina daqui a 15.000 anos como estará!
Ainda restam muitas previsões a serem verificadas, como viagens interplanetárias através do hiperespaço, teletransporte, viagens no tempo e outras. Por isso ficção é tão legal!
As histórias de ficção científica que estão sendo escritas nos dias de hoje certamente devem estar falando sobre uma internet melhorada, terrorismo, homossexualismo, consequências do aquecimento global, manipulação genética e fontes alternativas de energia como a solar, a das marés e a eólica, quem sabe até sobre como estocar ventos, como sugeriu a nossa visionária presidenta.
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
terça-feira, 29 de setembro de 2015
Lua, Lua, Lua, Lua
A tal da Lua Vermelha eu não vi, pois quando surgiu, num breve intervalo de meia hora proporcionado pelas nuvens, já ia alta no céu. Bem na hora em que o eclipse estava começando.
Aproveitei para testar os recursos da câmera. Clique nas fotos para ampliar.
Nesse ponto, as nuvens voltaram e eclipsaram o eclipse.
O fenômeno em si não tem nada de excepcional, é apenas um alinhamento entre o Sol, a Lua e a Terra, com esta no meio. Nada muda na vida de ninguém nem antes nem depois. Então por que tanto fascínio?
Nota: o eclipse ocorreu na noite de domingo, 27 de setembro.
domingo, 27 de setembro de 2015
sábado, 26 de setembro de 2015
Indústria da multa
Outro dia eu vi uma receita infalível para escapar da chamada indústria da multa. Repito-a aqui de memória:
- não dirija falando ou teclando no celular;
- não ultrapasse a velocidade limite da via;
- não estacione em local proibido;
- e, como regra geral, não infrinja nenhuma lei de trânsito.
Gente, dá certo mesmo!
Virou moda as pessoas reclamarem da “indústria da multa”, como se fosse um direito seu infringir as leis e escapar impune. Justo agora, quando exigimos que os políticos corruptos e seus corruptores sejam presos.
E olha que a lei de trânsito até oferece algumas mamatas aos infratores. Por exemplo, é vedado às autoridades esconder o radar ou mesmo instalá-los sem uma sinalização adequada e que avise da sua presença. “Isso é sacanagem!”, dizem os ofendidos motoristas, tais quais vestais ofendidas.
Como assim? Se há sinalização indicando que a velocidade máxima é de 100 km/h, não há porque avisar que dali a menos de 300m tem um radar. Mal comparando, é mais ou menos como colocar uma placa na rua avisando aos ladrões que a polícia fará uma batida ali. Mas, já que é lei, que a autoridades a cumpram.
Parafraseando o saudoso humorista Leon Eliachar, via de regra eu obedeço às regras da via. Claro que já levei as minhas multinhas, mas todas elas foram merecidas. E pagas.
É claro que os governantes adoram o dinheiro arrecadado com as multas e que algumas vezes a sinalização não é clara ou é propositadamente mal posicionada. Além disso, existem ruas que mudam súbita e injustificadamente de limite de velocidade e outras coisinhas mais. Evidentemente, isso é errado.
A lei também prevê a sustituição de alguns tipos de multas por advertência. Seria legal ver isso observado mais vezes. Ao contrário de um criminoso comum, uma infração de trânsito pode ocorrer por distração inocente do motorista ou inexperiência, e não propositadamente.
De qualquer forma, estabelecidos os limites e as leis, há que se cumpri-los, concordemos ou não com eles. O trânsito não é um lugar para exercitarmos a nossa rebeldia. Já morreu muita gente por isso.
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
domingo, 20 de setembro de 2015
Reflexões sobre a Evolução
Hoje, enquanto cortava as minhas unhas do pé, pus-me a pensar sobre o processo evolutivo da vida.
Lembrei-me de quando arranquei os dentes do siso e meu dentista me disse que esses dentes são inúteis hoje em dia, que com o tempo os homens (e mulheres) começarão a nascer desprovidos desse equipamento – bem, a rigor, todos nascemos sem dente nenhum, mas você entendeu.
Não sei se ele dispunha de base teórica para essa afirmação ou se simplesmente tentava me consolar pela perda.
Também não sei se os dentes do siso têm algum papel importante para nós, ou se apenas aparecem para empurrar e entortar os dentes da frente, mas uma coisa é certa: unhas do pé são absolutamente inúteis.
sábado, 19 de setembro de 2015
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
terça-feira, 15 de setembro de 2015
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Quixeramobiiiiim
1978. Meu amigo Dimas e eu estávamos debruçados sobre uma prancheta de desenho, fazendo um trabalho qualquer da faculdade que nem me lembro. Digo, da faculdade em me lembro, o que eu não me lembro é do trabalho.
Enfim, como quase todo trabalho de faculdade, esse havia sido elaborado por um professor sádico que não sabia que a relatividade do tempo só se observa muito próximo à velocidade da luz e que nós, seres humanos e com velocidades humanas, só dispomos de míseros 60 minutos por hora e 24 horas em um dia, invariável e absolutamente. Ainda, como todo trabalho de faculdade, deixamos para última hora, claro.
Estávamos, como dizia, ali debruçados tentando não pensar no tempo que faltava para acabar a noite e o prazo de entrega: primeira aula do dia seguinte. De consolo, o rádio sintonizado na Eldorado.
Pois justo nesse dia, Chico Buarque lançava um de seus melhores álbuns e a sempre boa Rádio Eldorado brindou seus ouvintes com todas as faixas pingadas ao longo da noite.
Como um conta-gota musical, lá vinham Cálice, Trocando em Miúdos, Feijoada Completa, O Meu Amor, Homenagem ao Malandro, Pedaço de Mim, Pivete, Apesar de Você, Tanto Mar. Só coisa boa, é ou não é?
Numa bela hora, eles colocam no ar a música Até o Fim, totalmente inédita até então:
Quando eu nasci veio um anjo safado
O chato dum querubiiiiim
Que decretou que eu tava predestinado
A ser errado assiiiiim
Já de saída minha estrada entortou,
Mas vou até o fim
Ficamos os dois paralisados já logo no querubiiiiim. E começamos a rir.
‘Inda garoto deixei de ir à escola
Caçaram meu boletiiiiim
Não sou ladrão, eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clariiiiim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim
E rimos muito. A cada novo verso, mais risadas.
Eu bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festiiiiim
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em Quixeramobiiiiim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim
No Quixeramobiiiiim foi muito difícil não urinar nas calças…
Por conta de umas questões paralelas
Quebraram meu bandoliiiiim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfriiiiim
Criei barriga, a minha mula empacou
Mas vou até o fim
Daí pra frente quase não prestávamos mais atenção na letra, só ficávamos esperando o próximo iiiiim.
Não tem cigarro acabou minha renda
Deu praga no meu capiiiiim
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de miiiiim?
Eu já nem lembro pr’onde mesmo que vou
Mas vou até o fim
Delírio!
Como já disse, era um anjo safado
O chato dum Querubiiiiim
Que decretou que eu estava predestinado
A ser todo ruiiiim
Já de saída a minha estrada entortou
Mas vou até o fim
Até hoje quando escuto essa música eu me lembro desse fato, preciso checar se o Dimas também se lembra. Provavelmente foi graças a ela que tivemos ânimo para continuar nosso trabalho e ir até o fiiiiim.
domingo, 6 de setembro de 2015
Maquiavélicas
Maquiavel escreveu O Príncipe, obra pela qual é mais conhecido, numa época políticamente conturbada da Itália, dividida que estava entre diversos estados e sem um poder central. Foi o tempo do Papa Alexandre VI, o Papa Borgia, que pintou e bordou, tanto ele quanto seus filhos (!?!)
Visto como uma espécie de manual pragmático de como deve um Príncipe governar, não se sabe muito bem qual foi o objetivo real de Maquiavel tê-lo havido escrito, mas seu nome adjetivado virou sinônimo de artimanha política. Se fosse nos dias de hoje, seu texto seria visto como políticamente incorreto, mas muitas de suas recomendações são seguidas até hoje por quem se mete em política. Senão, vejamos:
“Homens, com satisfação, mudam de senhor pensando melhorar e esta crença faz com que lancem mão de armas contra o senhor atual, no que se enganam porque, pela própria experiência, percebem mais tarde ter piorado a situação.”
“Um príncipe hábil deve pensar na maneira pela qual possa fazer com que os seus cidadãos sempre e em qualquer circunstância tenham necessidade do Estado e dele mesmo, e estes, então, sempre lhe serão fiéis.”
“[Um príncipe] deve, sobretudo, abster-se dos bens alheios, posto que os homens esquecem mais rapidamente a morte do pai do que a perda do patrimônio.”
“Um príncipe sábio, amando os homens como a eles agrada e sendo por eles temido como deseja, deve apoiar-se naquilo que é seu e não no que é dos outros; deve apenas empenhar-se em fugir ao ódio.”
“Um senhor prudente não pode nem deve guardar sua palavra quando isso seja prejudicial aos seus interesses e quando desapareceram as causas que o levaram a empenhá-la.”
“Procure, pois, um príncipe, vencer e manter o Estado: os meios serão sempre julgados honrosos e por todos louvados, porque o vulgo sempre se deixa levar pelas aparências e pelos resultados” – com o tempo essa frase foi simplificada e distorcida para “os fins justificam os meios”, coisa que Maquiavel realmente nunca escreveu.
“Um príncipe deve dar pouca importância às conspirações se o povo lhe é benévolo; mas quando este lhe seja adverso e o tenha em ódio, deve temer tudo e a todos. (...) O pior que pode um príncipe esperar do povo hostil é ser por ele abandonado.”
“Deve, pois, alguém que se torne príncipe mediante o favor do povo, conservá-lo amigo, o que se lhe torna fácil, uma vez que não pede ele senão não ser oprimido. Mas quem se torne príncipe pelo favor dos grandes, contra o povo, deve antes de mais nada procurar ganhar este para si, o que se lhe torna fácil quando assume a proteção do mesmo.”
“(...) portanto um príncipe deve gastar pouco para não precisar roubar seus súditos.”
“Quando vires o ministro pensar mais em si do que em ti, e que em todas as ações procura o seu interesse próprio, podes concluir que este jamais será um bom ministro e nele nunca poderás confiar; aquele que tem o Estado de outrem em suas mãos não deve pensar nunca em si, mas sim e sempre no príncipe, não lhe recordando nunca coisa que não seja da sua competência. Por outro lado, o príncipe, para conservá-lo bom ministro, deve pensar nele, honrando-o, fazendo-o rico, obrigando-se-lhe, fazendo-o participar das honrarias e cargos, a fim de que veja que não pode ficar sem sua proteção, e que as muitas honras não o façam desejar mais honras, as muitas riquezas não o façam desejar maiores riquezas e os muitos cargos o façam temer as mudanças.”
“Não há outro meio de guardar-se da adulação, a não ser fazendo com que os homens entendam que não te ofendem dizendo a verdade; mas, quando todos podem dizer-te a verdade, passam a faltar-te com a reverência.”
“Considero seja melhor ser impetuoso do que dotado de cautela, porque a fortuna é mulher e consequentemente se torna necessário, querendo dominá-la, bater-lhe e contrariá-la; e ela mais se deixa vencer por estes do que por aqueles que procedem friamente. A sorte, porém, como mulher, sempre é amiga dos jovens, porque são menos cautelosos, mais afoitos e com maior audácia a dominam.”
“Porque quem deixa as suas comodidades pelas comodidades dos outros, perde as suas e destes não recebe gratidão.”
“Os homens ofendem ou por medo ou por ódio.”
sábado, 5 de setembro de 2015
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
Delicadeza encantadora
Chego na recepção da clínica para pegar uma senha e a atendente me dá uma preferencial.
- Oi. Acho que você me deu o tipo de senha errada.
- O Sr. não quer atendimento preferencial?
- Querer eu quero, mas ainda não tenho esse direito.
- Quantos anos o Sr. tem?
- 57 …(silêncio)… parece mais, né?
- É... é que com esses cabelos branquinhos…
- São prematuros.
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
Discussões
E ainda tem gente que diz que Política, Futebol e Religião não se discute!
domingo, 23 de agosto de 2015
Pé de cachimbo
Hoje é domingo, pede cachimbo
O cachimbo é de ouro, bate no touro
O touro é valente, bate na gente
A gente é fraco, cai no buraco
O buraco é fundo, acabou-se o mundo!
Durante muito anos declamei essa poesia, aprendida ainda no berço, como "pé de cachimbo", um verdadeiro virundum poético. Mas, para quem acha que pé de cachimbo não existe, aqui está ele!
Pode continuar a declamar errado!
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
My kind of town
Chigago is…!, como diria o Frank Sinatra.
Chicago poderia até ser o pior lugar do mundo, mas só o fato de estarmos viajando para matar as saudades nossa filha já faria com que fosse o melhor para se estar. Acontece que Chicago está muito, muito longe de ser o pior lugar do mundo. Então, imagine só que delícia que foi.
O famoso skyline de Chicago
Nascida no início do século XIX em um território “cedido” pelos índios ao governo americano, ganhou importância rapidamente devido à sua posição estratégica, principalmente após a abertura de um canal que ligava os grandes lagos ao rio Mississipi, ou seja ligando o sul e o norte dos EUA. Isso fez com que a região acabasse recebendo ligações de diversas ferrovias que estavam sendo construídas na América, o que a tranformou rapidamente no maior entroncamento ferroviário do país a partir da segunda metade do século XIX.
Não é que esse trem que passa sobre as ruas existe mesmo?
Ao longo de sua existência, Chicago foi se reinventando, por assim dizer. Um dos problemas que havia na cidade, era o sistema de esgoto. Foi então contruída uma rede inteiramente nova e, para garantir que os dejetos fossem escoados apenas pela ação da gravidade, a cidade foi elevada de 1 a 2 metros! Quem não gostou muito foram as cidades ao Sul, que recebiam o esgoto não tratado da cidade, também conhecido como The Taste of Chicago (“O Gosto de Chicago”).
Sendo um dos maiores fornecedores de madeira dos EUA, era natural que a maior parte das suas contruções fossem feitas com esse material. Em 1871, um ano particularmente seco, ocorreu um incêndio que queimou boa parte da cidade, deixando 90 mil desabrigados (em uma população de 300 mil). A cidade então se reconstruiu. Dessa vez atraindo muitos arquitetos de renome que queriam participar do projeto.
Em 1890, Chicago já era a segunda maior cidade dos EUA, com 1 milhão de habitantes, atrás apenas de Nova York, constituída em boa parte por imigrantes europeus, principalmente irlandeses, italianos e alemães. A partir de 1950, boa parte da população de alta renda de Chicago começou a deixar a cidade em direção aos subúrbios, criando um problema de degradação do centro, que só começou a ser corrigido a partir de 1990.
O Rio Chicago, que sempre foi um lugar sujo e fedido, hoje é limpo e navegável. Os inúmeros depósitos que ficavam às suas margens, totalmente sem janelas para evitar o fedor, hoje estão sendo retrofitados e transformados em condomínios e lofts de alto luxo, agora com janelas e sacadas voltadas para o rio.
Chicago hoje é uma cidade exuberante. Para qualquer lado que você olhe há obras de arquitetura de Mies Van Der Rohe a Renzo Piano, sem falar em obras de arte de artistas como Miró e Picasso pelas praças.
Os museus são incríveis, o Art Institute possui a segunda maior coleção de arte Impressionista do mundo (adoro), o Museu de Ciência e Indústria e o Field Museum são imperdíveis também. O aquário também vale uma visita.
Sabe lá o que é estar a poucos centímetros de uma obra que a gente conhece apenas de fotos em revistas e livros! É de arrepiar!
Achei genial essa menina; simplesmente ela se sentou no chão e começou a copiar o quadro de Renoir
E os americanos realmente sabem como explorar o turismo (não o turista, como fazemos por aqui). Somente seus arranha-céus, Willis Tower (ex-Sears Tower – os chicagoans ainda preferem chamá-lo assim) e o Hancock recebem anualmente mais visitantes que o Brasil inteiro! Tem até um tour feito de ônibus que passa pelos principais pontos da história de Al Capone e seus gangsters amestrados (pode parecer um belo mico passear em um ônibus preto chamado Untouchable Tours pela cidade, mas eu fui e achei muito legal).
O Hankock
Vista do Sears Tower, digo, Willis Tower

Não falei dos canteiros de flores nas avenidas, do transporte público de qualidade, do respeito ao cidadão, seja ele americano ou não, nem dos esquilos no parque, nem do Jazz, nem do Blues, mas não posso encerrar sem mencionar o Feijão, uma enorme escultura em aço do artista inglês Anish Kapoor, em pleno Millenium Park, que reflete o lindo skyline de Chicago.
domingo, 16 de agosto de 2015
terça-feira, 4 de agosto de 2015
domingo, 2 de agosto de 2015
domingo, 26 de julho de 2015
Voa, gaivota, voa!
Por essa foto ganhei um hai-kai da minha amiga Neli:
Veleiros no mar
Prédios apreciam
Gaivota a voar
terça-feira, 14 de julho de 2015
quinta-feira, 2 de julho de 2015
terça-feira, 30 de junho de 2015
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Funerária?
Aí o cara, depois de muito esforço, compra uma perua e vai mostrar pros amigos. Tem sempre um pentelho que pergunta: "Funerária?"